Projeto



    O Projeto Acampamentos Pedagógicos Mandala da EPSJV tem como objetivo ampliar as possibilidades de formação integrada do Ensino Médio, utilizando como eixo principal a dimensão da cultura, transversalmente à do trabalho e à da educação.  O projeto surge em 2008, como uma proposta de democratizar o acesso aos alunos a atividades de integração e aprendizado fora do ambiente escolar, potencializando e problematizando a união entre a arte, a ciência e a cultura.

O Projeto Mandala surge no sentido de se pensar a pertinência de um projeto que promova uma experiência, em oposição à vivência do urbano mediada por imagens naturalizadas no cotidiano. O projeto cria espaços onde se possa exercitar a coletividade, a memória e a reflexão. É no tempo para atividades livres que também a criatividade dos alunos tende a despertar, estimulando-os a pensar e a criar a partir dos espaços produzidos em contato direto com a natureza nos acampamentos pedagógicos. Dessas atividades livres, da interação entre os alunos e de suas criações, muitas vezes, é que surge a crítica ao cotidiano da cidade. 

A opção do nome do projeto representa a dimensão desta união entre arte, conhecimento e cultura. Mandala é uma palavra Sanscrita para círculo de cura ou mundo inteiro. É uma representação do universo e de tudo que há nele. Khyil-khor[1] é a palavra Tibetana para mandala e significa centro do universo onde um ser totalmente iluminado habita. Os círculos sugerem totalidade, unidade, o útero, completude e eternidade.  A função da Mandala pode ser direcionada para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual e prosperidade  pessoal.






Breve Histórico do Projeto Mandala

O inicio do projeto foi realizado, em 2008, de uma conversa entre a Coordenação Geral do Ensino Técnico (COGETES), Cláudio Gomes, o professor-pesquisador do Laboratório de Formação Geral na Educação Básica (LABFORM) Augusto Ferreira e o professor-pesquisador Gregorio Albuquerque do NUTED. Posteriormente, foram agregados outros profissionais à equipe do projeto como Simone Ribeiro do Laboratório de Educação Profissional em Técnicas Laboratoriais em Saúde (LATEC)Thiago Magalhães (NUTED), Andrea Ramos (NUTED), Marina Garcia (NUTED) e Moyses Gomes (NUTED). Além de colaboradores como o Professor Gilberto Werneck (LABFORM) e Paulo Vitor Santos Lopes da  Secretaria Escolar (SESC). O projeto manteve-se até 2011 e foi interrompido por questões técnico-burocráticas e terá seu recomeço em 2013.
Inicialmente, o projeto teve três finalidades principais: promover a integração entre os alunos; mobilizar valores de solidariedade e igualdade na divisão do trabalho coletivo, fazendo com que os alunos experimentem os limites da distinção valorativa e ideológica entre trabalho intelectual e manual, que, reproduz e é reproduzida pelo modelo da sociedade contemporânea; e criar uma alternativa ao corte de renda classista que em geral funciona como critério de seleção dos alunos que podem viajar. O acampamento é incomparavelmente mais acessível ao custeio pela família popular.[2]
Como desdobramento das experiências iniciais do projeto foram acrescentados outros objetivos, tais como: servir de espaço pedagógico para a prática de atividades físicas, esportivas e de campismo; exercitar a cooperatividade e a disciplina; e desenvolver material artístico e científico que possam se desdobrar em outros trabalhos pedagógicos. Concomitantemente ao desenvolvimento da proposta do projeto, foram compradas 15 barracas para a realização dos acampamentos que possibilitou a participação de 40 alunos e 5 professores em cada edição do acampamento. 





[1] Fonte: Mandala. Secretaria de Educação do Paraná. Disponível em <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=8&min=320&orderby=titleA&show=10> Acesso em 25 dez 2013.
[2] Nos primeiros acampamentos, o custo do camping e de alimentação era de responsabilidade do próprio aluno. Desde 2010, este gasto é pago pela escola com uma ajuda de custo dada para os alunos.

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